quarta-feira, 27 de junho de 2012

Morrei de amor



Morrei, morrei, de tanto amor morrei,
morrei, morrei de amor e vivereis.

Morrei, morrei, e não temeis a morte,
voai, voai bem longe, além das nuvens.

Morrei, morrei, nesta carne morrei,
é mero laço, a carne que vos prende!

Vamos, quebrai, quebrai esta prisão!
Sereis de pronto príncipes e emires!

Morrei, morrei aos pés do Soberano:
e assim sereis ministros e sultões!

Morrei, morrei, deixai a triste névoa,
tomai o resplendor da lua cheia!

O silêncio é sussurro de morte,
e esta vida é uma flauta silente.

Djalal Ud-din Rumi

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