O pão do meu verso
Meu verso é como o pão do Egito:
a noite passa sobre ele e já não podes mais comê-lo.
Devora-o enquanto está fresco,
antes que o recubra a poeira do deserto.
Seu lugar é o clima cálido do coração,
ele não sobrevive ao gelo deste mundo.
É como o peixe na terra seca:
estremece por um instante e logo perece.
Se queres comê-lo e o imaginas fresco,
terás de invocar muitos ídolos.
O que agora bebes é tão somente tua imaginação.
Isto não é ilusão, companheiro!
Djalal ad-Din Rûmi
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