segunda-feira, 2 de julho de 2012




Bebemos à memória do Bem-amado
Um vinho que nos embriagou antes da criação da vinha.
É uma limpidez e não é água;
É uma fluidez e não é ar;
É uma luz sem fogo;
e um espírito sem corpo...
Não tenho senão minha alma;
Aquele que dá sua alma por amor não é pródigo.
Se minha destruição deve unir-me a Ti,
Oh!, faze que ela venha;
Que eu seja o teu resgate...
Tu tomaste meu coração, que é uma parte de mim.
Por que não tomas também o que sobrou de mim?
Não é completo o amor que deixa
 uma gota de sangue sequer no Bem-amado...
Foi um relâmpago que brilhou na planície,
ou foi Leila que, ao retirar seu véu,
Transformou o crepúsculo em aurora?
O amor é toda a vida.
É teu destino (e tua razão de ser) viver por ele e dele morrer.
Ibn Al-Farid

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