quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Eu queimo



 

Eu vago, queimando...
Meu corpo sangrando de amor
Sensível estou, não tenho ódio
Venha, veja o que amor fez a mim.

Sou levado, como os ventos
Sou poeira, como estradas
Eu fluo como inundações
Venha, veja o que amor fez a mim.

Como Mecnum eu queimo
Eu vejo meu amado em sonho
e entristeço ao acordar
Venha, veja que amor fez a mim.


Yunus Emre

Se eu te contasse



Amigo: se eu te contasse sobre uma terra do amor,
você me seguiria e veria?
Nessa terra existem vinhedos que produzem um vinho mortal.
Nenhuma taça pode contê-lo,
você engoliria este vinho?
As pessoas lá devem sofrer.
Você serviria a bebida mais doce aos outros e beberia a bebida amarga?
Não existem luas ou sois neste lugar, nada cresce ou diminui,
Você abriria mão dos seus planos e esqueceria as seduções?
Aqui nos somos feitos da água, terra, fogo e ar,
Yunus, diga a nós é disso do que você é feito?


Yunus Emre

Yunus Emre - (1241-1321)




 

Yunus Emre nasceu em Chiraz, cerca de 1241. Foi um poeta, dervishe e místico sufista. Se sabe pouco da vida de Yunus Emre: que se casou duas vezes, teve dois filhos e chegou a cumprir os 82 anos; também que recebeu uma importante formação espiritual. Os versos de Yunus contém o espírito e filosofia do misticismo Islâmico em linguagem simples e humana. Seus temas básicos eram amor universal, amizade, irmandade e justiça divina. Se conhecem duas obras suas: Risalet-un Nushiyye (O Opúsculo dos Conselhos) e seu Diván, que inclui uns 350 poemas, ainda que lhe foram atribuídos mais de mil.
Yunus morreu por volta de 1321.
Yunus Emre foi tão popular que passou a ser venerado como santo após sua morte.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Aonde Tu Estás, Está a Felicidade





Os olhos que veem um inimigo
São muitos milhares,
Mas o olho que vê um amigo
É um dentre mil.

Mesmo uma prisão
Irradia felicidade
Se o amor por Ti
Enche o coração.

Abençoada é a escravidão
Que Teu serviço compele,
Teus servos são felizes
Em suas servidões.


Há duas Caabas
A Caaba construída na terra
E a Caaba do coração.

A primeira é aquela que os pés
Dos peregrinos frequentam;
A outra é o local secreto
Que os Buscadores da Verdade descobrem.

É a primeira
Que enche os olhos dos fiéis;
A outra, apenas o devoto encontra
Sob o olhar de Deus mesmo.


A peregrinação à Caaba terrestre
É uma questão de disciplina formal;
A descoberta da Caaba do coração,
Depende da graça de Deus.

Numa, os peregrinos bebem do poço do Zam-Zam;
A outra abre suas fontes
Ao manar dos suspiros.

A Caaba terrestre
É guardada pela montanha Irfat,
O templo do coração
É radiante com a luz de Deus.

Da Caaba terrestre
ídolos de pedra foram removidos;
Da Caaba do coração
A voracidade e o desejo são destronados.


Abdullah Ansari

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014






As pessoas deste mundo são como três mariposas diante da chama de uma vela.
A primeira chegou perto da chama e disse:
- Eu sei o que é o amor!
A segunda, tocou levemente a chama com suas asas e disse:
- Eu sei como o amor pode queimar.
A terceira, atirou-se dentro da chama e foi consumida...
"E esta foi a única a saber o que é o verdadeiro amor"

Farid-Ud-Din Attar

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014





"A sede do coração não se acaba com uma gota de água."
Provérbio persa

domingo, 12 de janeiro de 2014

sábado, 4 de janeiro de 2014





Nos céus Eu vejo seus olhos. Em seus olhos, eu vejo os céus. Por que procurar outra lua? Ou um outro dom? O que eu vejo sempre será suficiente para mim.

Rumi

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014