quinta-feira, 26 de julho de 2012




"Atenta para as sutilezas
que não se dão em palavras
Compreende o que não se deixa
capturar pelo entendimento"


  Djalal ad-Din Rûmi


Sem amor, Nem uma gota sequer se transformaria em pérola.
Rumi

quarta-feira, 11 de julho de 2012




Assombro-me tanto de Ti como de mim, oh anelo do meu desejo!
Aproximaste-me tanto a Ti, que acreditei que teu “Eu” fosse meu “eu”.
Logo Te eclipsaste , no êxtase, até que, em Ti, me livraste de mim mesmo.
Oh dita nesta vida, oh descanso na sepultura!
Não há para mim júbilo sem Ti, pois és Tu meu temor e confiança.
Nos jardins de Teus emblemas está contida toda ciência
e se ainda me resta algum desejo, Tu és tudo o que eu desejo.



Al-Hallaj


Perquirir a verdade sobre o Divino é procurar o fulgor do Sol
com o brilho das estrelas.



Husain ibn Mansur al-Haladx


Nada está mais perto de ti do que tu mesmo; e sendo assim, como sem conhecimento próprio queres conhecer os outros?
 Abu Hamid al-Ghasali


Água profunda dificilmente se perturba com a pedra que lhe arremessam; e quando a sabedoria se irrita é porque não é profunda.

   Saadi de Shiraz

Tumba de Ciro, o grande




O monumento mais importante de Pasárgada é indubitavelmente a tumba de Ciro, o Grande. Possui sete passagens largas levando à sepultura, que mede 534m em comprimento e 531m de largura e possui uma entrada estreita e baixa. Apesar de não haver evidências fortes identificando a tumba como a de Ciro, os historiadores gregos dizem que Alexandre, o Grande da Macedônia acreditava que era. Alexandre passou por Pasárgada em suas campanhas contra Dario III em 330 a.C.. Arriano, historiador do primeiro século da era Cristã, afirma que Alexandre ordenou que Aristobulus, um de seus guerreiros, entrasse no monumento. Do lado de dentro, ele encontrou uma cama dourada, uma mesa arrumada com copos, um caixão dourado, alguns ornamentos enfeitados com pedras preciosas e uma inscrição na tumba. Nenhum traço de qualquer inscrição sobreviveu até os tempos modernos, e há considerável discordância quanto às palavras do texto. Estrabão disse que está escrito:

Forasteiro, sou Ciro, que deu aos Persas um Império, e fui Rei da Ásia
Não tenha rancor de mim por causa desse monumento

Uma outra variação, documentada em Pérsia: O Reino Imortal, é:

Ó forasteiro, quem quer que sejas, de onde quer que venhas, porque sei que virás, sou Ciro, que fundou o Império dos Persas
Não tenha rancor de mim por causa dessa pequena terra que cobre meu corpo.

Durante a conquista islâmica do Irã, as forças árabes foram até a tumba planejando destruí-la, considerando-a estar em violação direta aos princípios do Islã. Os guardas da tumba convenceram o comando árabe que a tumba não fora construída para honrar Ciro, mas que abrigava a mãe do rei Salomão, o que evitou sua destruição. Como resultado, a inscrição da tumba foi substituída por um verso do Qur'an, e a tumba ficou conhecida como Qabr-e Madar-e Sulaiman, ou a tumba da mãe de Salomão. Ainda é conhecida por esse nome atualmente.

Esther

"O Rei amou Esther, mais do que a qualquer outra mulher; alcançando perante ele graça e benevolência.....ele (o Rei) pôs a coroa real sobre a sua cabeça e a fez rainha em lugar de Vashiti " (Livro de Esther cap.2: 17)

Rainha Esther





A rainha Esther é uma das sete profetizas do povo judeu e sua história é contada no Livro de Esther- popularmente chamado de "Meguila" - lido em Purim em todas as sinagogas . A história de Esther se passa durante o reinado de Assuero, rei da Pérsia, que, segundo Rashi, era Xerex , sucessor do rei Ciro e que governou o Império Persa durante os 70 anos de exílio do povo judeu.

O Livro de Esther conta que o rei Assuero costumava comemorar anualmente a data de sua ascensão ao trono com um suntuoso banquete no qual reunia em seu palácio todos seus súditos : ministros, servos, nobres, militares dos exércitos da Pérsia e da Média. A tradição conta que o palácio era tão grande, que abrigava milhares de convidados com seus servos e empregados. Nenhum convidado bebia duas vezes na mesma taça .O vinho servido tinha sempre um ano a mais que o convidado a quem era destinado e era produzido por vinhedos de seu próprio país. No terceiro ano de seu reinado, mensageiros - falando as 70 línguas conhecidas na época- foram enviados por todo o reino para convidar para mais uma festa que costumava durar 180 dias .

Num deste dia após uma discussão entre os persas e medos, sobre qual dos dois povos teria as mais belas mulheres, Assuero quis mostrar aos convidados que sua mulher, a rainha Vashti, originária da Caldéia, era a mais bela entre todas as mulheres. Mandou, então, buscá-la e para mostrar sua lendária beleza, pediu, publicamente, que viesse completamente nua, usando somente a coroa real. Mas, Vashti se recusou a comparecer da forma pedida suscitando a ira do rei. Assuero, então, consultou seus ministros sobre o que fazer com a rainha.

Estes afirmaram que a rainha Vashti não só se rebelou e ofendeu o rei, mas também aos príncipes presentes à comemoração. O rei não poderia deixá-la impune, pois se o fato se tornasse do conhecimento das outras mulheres elas poderiam seguir o exemplo e desobedecer aos maridos. O rei, então, repudia Vashti e manda executá-la, incumbindo seus ministros de encontrar candidatas de igual beleza para sucedê-la.

Os ministros mandaram trazer de todas as partes do reino, mesmo dos lugares mais distantes, todas as mulheres jovens e bonitas, não importando se eram casadas ou solteiras. Os delegados reais de cada região reuniam-nas, às vezes, contra própria vontade e o rei mandava buscá-las e levá-las ao palácio real.

Em Shushan, a capital do Império Persa, havia um judeu da tribo de Benjamim que se chamava Mordechai, que acolhera em sua casa sua sobrinha Hadassa, após a morte dos pais.

Hadassa que passou para nossa historia pelo nome de Esther era uma linda moça a quem Mordechai criara como se fosse sua própria filha.

Alguns sábios acreditam que o nome Esther foi acrescentado mais tarde e significa "a escondida" ou "aquela que esconde", pois ela ocultou sua religião perante o rei, seu marido, durante muito tempo.



Feliz o momento em que nos sentarmos no palácio,
dois corpos, dois semblantes, uma única alma
– tu e eu.

Ele olhou-me com olhar de punhal
e eu mergulhei nas águas de seus olhos.
Deixei de ser,
Esvaneci na dor lascinante da não-existência.

Sua tarefa não é procurar pelo amor,
mas meramente procurar e encontrar
todas as barreiras dentro de você
que você construiu contra ele.

Rumi

És açúcar e veneno



És açúcar e veneno
Por Deus, não me olhes assim.
Doce como o açúcar é o veneno que chega de ti

Jalaludin Rumi








Meu coração queima de amor
Todos podem ver essa chama
 

Ele está pulsando com paixão
como as ondas do oceano

Meus amigos tornaram-se estranhos
e estou cercado de inimigos,
mas livre como o vento,
não sou mais afetado
por aqueles que me censuraram.

Estou em casa
onde quer que seja
e na sala dos amantes
posso ver com os olhos fechados
a beleza que dança
por trás dos véus.

Ébrio de amor,
também danço no ritmo
deste mundo em movimento.

Perdi meus sentidos
em meu mundo
de amantes.

Djalal Ud-din Rumi

sábado, 7 de julho de 2012



Ele chegou... Chegou aquele que nunca partiu;
Esta água nunca faltou a este riacho
Ele é a substância do almíscar e nós o seu perfume,
Alguma vez se viu o almíscar separado de seu cheiro?



Rumi

Todo o meu gozo



Todo o meu gozo é beber vinho


Dos amados lábios,


O prazer máximo já obtive:


Só Deus seja louvado.


O Destino, meu velho inimigo,


Nunca deixou ir à minha amada;
Dai-me pois áureo vinho


E os seu lábios escarlates


(Clérigos fanáticos, velhos


que o caminho extraviaram


De nos murmuraram:


“São bebedores, borrachos”


Que o asceta viva lôbrego


Não quero saber nada dele,


Se o monge tem de ser piedoso


Que Deus perdoe a sua fé)






Querida, que posso contar


Da minha pena, se te fostes


Senão as minhas ardentes mágoas


E um centenar de suspiros?


Que não contemple um infiel
A amargura silenciosa,


A tua beleza vê o cipreste


O teu rosto a lua ciumenta


O desejo dos teus beijos


Obriga a Hafez a isto,


Que já não se preocupa


De orações nem leituras


Hafiz

A Rosa da Pérsia




Há um perfume sutil
que vem da Amada

De um Paraíso mais alto
da Casa da Sabedoria

Dá sete voltas
rodando a Caaba

Senti seu aroma
desde sempre

Pois já estava no Mundo
e me encantava

Como uma luz mais alta
que pressentia

A suma do deleite
no Jardim das Delícias

E estava sempre perto
para desabrochar

no cantar do Rouxinol.



( Desconheço o autor)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Perfumes




O médico e o químico persas Muslim e Avicenna (também conhecido como Ibn Sina) introduziram o processo de extração de óleos de flores através da destilação, o processo mais comumente utilizado hoje em dia. Seus primeiros experimentos foram com as rosas. Até eles descobrirem perfumes líquidos, feitos de mistura de óleo e ervas ou pétalas amassadas que resultavam numa mistura forte. A água de rosas era mais delicada, e logo tornou-se popular. Ambos os ingredientes experimentais e a tecnologia da destilação influenciaram a perfumaria ocidental e desenvolvimentos científicos, principalmente na química.

Kista




Na Persia, celebrava-se Kista, a deusa do conhecimento
e da sabedoria. Kista era também a protetora dos seres humanos
e a provedora dos alimentos. Ela era invocada e reverenciada
juntamente com Daena, também uma deusa protetora das
mulheres, guardiã da justiça e condutora das almas.

Gazel




 Gazel, Ghazel, Ghazal,

Poesia amorosa, geralmente erótica, dos persas e dos árabes.


Recitação poética  acompanhada pela música, muito comum na Índia e no Paquistão.


São famosos os Gazéis de Hafiz , poeta persa do século XIV.


"É costume entre os persas deliberar sobre assuntos de grande importância quando estão bêbados. No dia seguinte, quando sóbrios, a decisão a que chegaram na noite anterior é apresentada pelo dono da casa onde ela foi tomada, antes que comecem a beber novamente. Se for aprovada, eles a levam adiante. Se não for, abandonam o assunto. Às vezes, porém, acontece de estarem sóbrios durante a sua primeira deliberação. Neste caso sempre reconsideram a questão sob a influência do vinho."


Heródoto

A casa da esperança



A casa da esperança ergue sobre areia


Os cimentos da vida no ar sustentam


Vem, pois, vinho na minha mão derrama


Para por fim a toda pena.


Deixai que seja escravo da vontade do homem


Que sob a abóbada turquesa do céu


Das anímicas confusões


Logrou libertar-se e continua-o fazendo.


Excepto que a mente siga emaranhada


Com aquela cuja radiante beleza


A evocar o amor e a lealdade,


Liberta a mente de toda fadiga


Ontem à noite andei a beber


Na taberna e uma mensagem


Do mundo invisível agora vos conto


Que me trouxe o belo Gabriel


“Falcão de sobranceiro prestígio


de ninho elevado e olhar altivo


esta cidade da aflição
não é própria para passar os teus dias”


“E que não ouves que te chama o assobio?


Desde os muros do céu aclamou.


Não compreendo como é que foi


Que este engano seja a tua prisão”


Ouve o conselho que agora te dou


Que as tuas acções determina:


Estas são as frases que eu recebi


Daquele que foi meu ancião guia.


“Contenta-te com o destino e a vida


não voltes cenhoso o teu rosto


aqui abaixo a porta da liberdade


não está fechada para nós”


Não tentes achar fidelidade


Neste mundo de tão fraco apoio


Antes que a ti, esta velha bruxa


Traiu a milheiros de noivos


Não acredites em mostras de pura intenção
Nem que a rosa sorri sincera:


Laia-te, amante rouxinol:


Há muito motivo de pena.


Porquê gemes e invejas de Hafez,


Pobre poetinha, a facilidade?


Só Deus é que pode conceder


O dom musical e a graça feliz.

Hafiz

O rouxinol




      O amoroso Rouxinol foi o primeiro a adiantar-se, quase fora de si de paixão. Cada uma das mil notas do seu cantar extravasava emoção; e cada qual encerrava
um mundo de segredos. Quando ele cantava esses mistérios, os pássaros silenciavam.
      "Conheço os segredos do amor", disse. "Repito a noite inteira meus cantos amorosos. Não haverá um Davi infeliz para quem eu possa cantar os salmos ansiosos
de amor? Por minha causa emite a flauta seus meigos queixumes e o alaúde, seus lamentos. Crio um tumulto entre as rosas e no coração dos amantes. Ensino sempre mistérios
novos e, a cada instante, repito novos cantos de tristeza. Quando o amor me subjuga o coração, meu canto é como o suspiroso mar. Quem me ouve deixa de lado a razão,
ainda que figure entre os sábios. Quando me separo de minha querida Rosa fico desolado, deixo de cantar e não conto a ninguém meus segredos. Meus segredos não são
conhecidos de todos; só a Rosa os conhece com certeza. Estou tão enamorado dela que não penso sequer na minha existência; pois só penso na Rosa e no coral das suas
pétalas. A jornada em demanda do Simurgh está acima das minhas forças; o amor da Rosa basta ao Rouxinol. É para mim que ela floresce com suas cem pétalas; que mais,
portanto, posso desejar? A Rosa que hoje se enflora está cheia de desejo e sorri para mim com alegria. Quando mostra o rosto sob o véu, sei que o mostra para mim.
Como pode, pois, privar-se o Rouxinol, nem que seja por uma só noite, do amor de sua feiticeira?"


(Extraído do livro "A Linguagem dos Pássaros,escrito por Farid ud-Din Attar.)

Um rouxinol



Este pomar frondoso é um rouxinol,
um rouxinol cujas canções são o amanhecer
e me levam para a luz,
para as montanhas lendárias de Farhad ,
e para o local onde o louco Majnun conversa com um corvo
Como se fosse a sua amada.
Diz: -"Olá, linda!"
Olho para a caverna de sorte,
luminosa na solidão,
desfrutando de ouro
e de um paraíso onde Adão e Eva olham
para o grão de trigo e se perguntam::
"Vamos provar isso ou não?
Se eu fosse Eva, eu não provaria.
Graças a Deus eu não sou Eva porque a humanidade nunca mais
iria me perdoar por não pecar.

Ó minúsculo grão de trigo milagroso, ó pequena maçã do espanto,
O simples início de mim.
Há um rouxinol que canta através de minha boca e de meus pensamentos,
canta de volta para o início da memória.
Há um rouxinol voando para fora da gaiola do meu peito;
cantando agora à beira da manhã.
Eu estou saindo, eu estou indo embora, meu amigo.
Você tem que sentir o corpo da vida, espalhar a sua existência,
você deve se apressar,
você deve trazer para Farhad a inesquecível história,
A boa notícia sobre Shirin, sua amada,
você deve deixar as suas impressões digitais
na caverna de Zaratustra

e sentir na pele e nos lábios o gosto da luz
Para provar o grão de trigo do paraíso - ou não?. ..
Eu estou saindo, estou saindo agora
Para um outro espaço.
Sou rouxinol livre no meu voo.
Meu amigo, abra o seu coração para mim.


Poema da poetisa Farzaneh Khojandi (1964), do Tajiquistão 


Tradução livre do inglês por Jaime Leitão.
O poema foi escrito originalmente no idioma farsi (persa).

A planta sem sol



Tua beleza é tal o meu amor. Nada pode ultrapassá-los. Que alegria notar que essas duas flores sempre conservam o primitivo frescor!
Não pode o meu pensamento imaginar que, entre as visões dos poetas, nenhuma forma seja mais digna de amor do que a tua.
Um ano perto de ti parece-me apenas um dia; um instante sem ti, mais longo que um ano.
Cada hora passada ao teu lado é um século de alegria; e se fosse de um dia a duração da vida, somente contigo eu quisera viver esse dia.
Apieda-te do meu desgraçado coração: o amor de tua beleza fez-me perecer como planta sem sol.

Hafiz

terça-feira, 3 de julho de 2012

Vênus


Na mitologia persa, o planeta vênus corresponde à deusa Anahita. Em algumas partes da literatura Pahlavi as divindades Aredvi Sura e Anahita são vistas como entidades separadas; a primeira como a personificação do rio mítico e a última como uma deusa da fertilidade que é associada ao planeta Vénus. Como a deusa Aredvi Sura Anahita – também chamada simplesmente Anahita – ambas as divindades são unificadas em outras descrições, como na Grande Bundahishn, e são representadas pelo planeta. Entretanto, no texto avéstico Mehr Yasht (Yasht 10) há uma possível ligação antiga a Mitra. O nome persa atual do planeta é Nahid, que deriva de Anahita e, mais tarde, do termo Anahid na linguagem Pahla.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sherazade



Por mais que se descreva ou se explique o amor,
quando nos apaixonamos envergonhamo-nos de nossas palavras.
A explicação pela língua esclarece a maioria das coisas,
mas o amor não explicado é mais claro.
Quando a pena se apressou em escrever,
ao chegar no tema do amor, partiu-se em duas.
Quando o discurso tocou na questão do amor,
a pena partiu-se e o papel rasgou-se.(...)



Rumi



Bebemos à memória do Bem-amado
Um vinho que nos embriagou antes da criação da vinha.
É uma limpidez e não é água;
É uma fluidez e não é ar;
É uma luz sem fogo;
e um espírito sem corpo...
Não tenho senão minha alma;
Aquele que dá sua alma por amor não é pródigo.
Se minha destruição deve unir-me a Ti,
Oh!, faze que ela venha;
Que eu seja o teu resgate...
Tu tomaste meu coração, que é uma parte de mim.
Por que não tomas também o que sobrou de mim?
Não é completo o amor que deixa
 uma gota de sangue sequer no Bem-amado...
Foi um relâmpago que brilhou na planície,
ou foi Leila que, ao retirar seu véu,
Transformou o crepúsculo em aurora?
O amor é toda a vida.
É teu destino (e tua razão de ser) viver por ele e dele morrer.
Ibn Al-Farid