domingo, 11 de outubro de 2009

Omar Khayyam


















Conhecido no Oriente de seu tempo como extraordinário filósofo e cientista, Omar Khayyam tornou-se célebre no Ocidente como autor da coleção de poemas denominada Rubaiyat.

Omar Khayyam, cujo nome árabe era Umar al-Khayyam, nasceu em 18 de maio de 1048, em Nishapur, cidade persa do império seldjúcida. Estudou filosofia e ciências em Nishapur, Balk e Samarcanda. A pedido do sultão Malik Xá, em 1074 fez estudos astronômicos para a reforma do calendário islâmico. Trabalhou mais tarde no preparo de uma vasta obra enciclopédica de que restam apenas dois tratados sobre metafísica e álgebra. A solução das equações de segundo grau e a demonstração da impossibilidade da resolução de equações de terceiro grau com números inteiros são suas principais contribuições à matemática.

No que diz respeito à obra poética, as referências da época são poucas e só a partir do século XVI começaram a ser descobertos os rubaiyat -- poemas persas epigramáticos -- com seu nome. Em 1859 o poeta britânico Edward FitzGerald publicou uma tradução livre da coletânea que, embora considerada infiel por especialistas, passou a ser estimada como um clássico da língua inglesa. Desde então surgiram várias versões do livro, em diversas línguas. Somente cerca de metade dos 500 rubaiyat atribuídos a Khayyam é tida como autêntica. No Brasil, uma tradução para o português deve-se a Otávio Tarqüínio de Sousa.

Os rubaiyat têm origem na literatura persa pré-islâmica e são poemas de uma só quadra (estrofe de quatro versos). Sugerem sempre uma atmosfera de prazer e expõem um pensamento que, entre cético e místico, prega com notável poder de síntese a atitude hedonista, orientada para os prazeres efêmeros, sobretudo o amor e o vinho. As quadras, no entanto, apresentam reflexão profunda e quase sempre pessimista sobre a natureza do universo, a passagem inexorável do tempo e a relação do homem com Deus. Khayyam morreu em Nishapur, em 4 de dezembro de 1122.

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