sexta-feira, 15 de junho de 2012

Al-Hallaj


Hussein Mansur Al-Hallaj nasceu na Pérsia, atual Iraque, em 857. Al- Hallaj casou-se e se estabeleceu em Bagdá com a esposa e seus quatro filhos. Desde jovem, Al-Hallaj revelou-se um homem original. Dizia buscar “a religião do amor”. A busca do amor o leva à confraria do Sufismo, a corrente mística da religião muçulmana. Mas, mesmo para seus companheiros, Al-Hallaj é provocador. No século IX, viajou à Índia para procurar em outras religiões como o Hinduísmo e o Budismo os segredos de amor. O amor o leva a entrar em conflito com os chefes de sua própria religião. Quando ele cumpriu 40 anos de idade, entrou em franco desacordo com os juristas e tradicionalistas ortodoxos e saiu à rua para pregar diretamente às multidões os sublimes princípios da vida espiritual. Al Hallaj viajou incansavelmente pelo Irã, pela Índia, pelo Turquestão, etc. Chegou até as próprias fronteiras da China. Os responsáveis pela peregrinação de Meca, o acusam de desrespeitar o santuário e o proíbem de voltar à cidade  santa. Al-Hallaj explicava ao povo mais pobre as intuições da mística sufi. Foi acusado de trair a religião, por abrir às pessoas comuns segredos reservados aos iniciados. Al Hallaj ficou preso numa prisão durante nove anos, depois foi vilmente mutilado e executado em 27 de março de 922, no ano 309 da Hégira. Contam as tradições do Islã que, quando veio a noite em que deveria ser tirado do calabouço para ser justiçado na aurora, pôs-se de pé e disse a oração ritual, prosternando-se duas vezes. De dia, quando saiu da prisão, as multidões viram-no em pleno êxtase, jubiloso e dançando feliz sob o peso de suas cadeias... Suas obras foram queimadas. Durante séculos, foi proibido copiar ou possuir qualquer obra de Al-Hallaj. Salvaram-se seis cartas, além disso, 69 discursos, 80 poemas, fragmentos de preces e de prosa.

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